ESTUDANTES CONQUISTAM MUDANÇA NA MATRIZ DO NOVO ENSINO MÉDIO

ESTUDANTES CONQUISTAM MUDANÇA NA MATRIZ DO NOVO ENSINO MÉDIO

A educação pública, direito conquistado pela juventude desse país, vem se tornando um dos grandes alvos de ataque dos governos fascistas, que, aliados aos grandes empresários, sucateiam o ensino para poder transformá-lo em mercadoria e acabar com a democracia estudantil. 

Os projetos de privatização e militarização das escolas públicas se alinham com as tendências de governos autoritários, não só colocando em risco a qualidade da educação e ameaçando a democracia estudantil, mas também desviando recursos que deveriam ser destinados à educação pública para os bolsos dos "tubarões da educação", grandes empresários que veem o ensino como uma mercadoria a ser explorada.

No Rio de Janeiro, embora a militarização e privatização das escolas ainda não sejam uma realidade imediata, o projeto de precarização da educação já está em andamento através do Novo Ensino Médio. O objetivo desse projeto é esvaziar as salas de aula, aumentar a evasão escolar, enfraquecer o desenvolvimento do pensamento crítico da juventude e acabar com o sonho de acesso ao ensino superior público para quem é pobre e favelado.

Apesar dos ataques, os estudantes não se rendem. Eles se organizam e fortalecem a luta coletiva. A AERJ, em parceria com outras entidades estudantis, tem se mobilizado em defesa da educação pública e promoveu, em 2024, uma grande jornada de resistência contra a Reforma do Ensino Médio no Estado do Rio, a partir de debate nas escolas e grandes manifestações de rua pelo "Revoga NEM". Ainda participamos de uma consulta pública sobre a nova proposta de matriz curricular para as escolas estaduais, que previa a retirada da disciplina "Projeto de Vida" e outros itinerários formativos irrelevantes, estabelecia um mínimo de 2 tempos para matérias de formação geral básica, como História, Filosofia, Biologia e Física.

Essa iniciativa foi articulada em conjunto com o GT Contra a Reforma do Ensino Médio, composto por professores da rede estadual, o Sindicato dos Profissionais de Educação (SEPE) e a AERJ. Em dezembro de 2024, fruto dessa luta, os estudantes conquistaram uma nova matriz curricular para as escolas estaduais do Rio de Janeiro, sem "Projeto de Vida" e com o fortalecimento das disciplinas essenciais à formação dos jovens.

Mais uma vez o movimento estudantil mostra que a luta conquista vitórias e que a força da organização coletiva pode mudar a realidade da educação no Brasil.